terça-feira, 9 de agosto de 2011

Meus silêncios estridentes.


  Tem dias que sou tomada por silêncios que gritam. E não sinto vontade alguma além de ficar calada e ouvi-los gritar. Gritar até estourarem meus tímpanos e fazerem com que a dor de não ouvir seja maior e pior que a dor de não sentir ou sentir demais.
  Queria ser um deserto árido e denso por dentro. Mas até mesmo em meio a pedras minhas flores conseguem crescer. Eu as observo nascer enquanto ouço meu silêncio gritar. E os ecos vão até o fim e voltam a mim. E não há voz para fazer côro com os gritos silenciosos. Por que a solidão é muda e é a única presente.

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