Vocês já assistiram ao filme “Como Se Fosse a Primeira vez”? Particularmente, gosto muito dele e já o assisti inúmeras vezes. Para aqueles que não lembram ou nunca o assistiram, ele é mais ou menos assim: Henry (Adam Sandler) é um cara paquerador que não quer assumir compromissos, porém quando vê Lucy (Drew Barrymore), se apaixona. Lucy é uma professora de arte, que sofre de uma rara doença neurológica que causa a perda de memória durante a noite (todas as noites). Fato este, que a faz esquecer Henry, daí ele, dia após dia, tenta conquistar Lucy como se fosse a primeira vez. E como todo filme “comédia romântica” tem que ter um final lindo e feliz, Henry recomeça todos os dias pelo resto de sua vida ao lado de sua bela Lucy.
Mas eu só contei isso porque eu gostaria de ter apagado uma parte da minha vida. Aliás, uma parte não, uma pessoa. Ter uma falta de memória que nem Lucy, mas só me esquecer do que eu quero. Das coisas que me fazem mal, "das coisas" que insistem em abrir a ferida, quando ela está cicatrizando. Depois do sofrimento, me tornei outra pessoa, mais não me tornei uma pessoa amarga, só resolvi levar bem mais a sério esse assunto “relacionamento”. De uns tempos pra cá, certas coisas mudaram, acho que aquela fase da vida em que você fica sempre se preocupando com o bem estar alheio e acaba esquecendo de você. Não, não dá mais pra ser assim. Agora, vou tentar utilizar a “falta de memória de curto prazo”, deixo apenas a moral da história pra não cometer os mesmos erros. E vou vivendo. Tentando seguir a vida e fazendo as coisas sempre que achar necessário. E meu coração continua meigo, talvez um pouco fechado. E o pavio? ah, esse encurtou um pouco mais.
/Caroline Pereira
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